Shibari: conheça a técnica de amarração japonesa muito usada no BDSM

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Praticantes do BDSM, com certeza, já devem ter ouvido falar no shibari. Essa técnica de amarração secular, inspirada em práticas de povos antigos do Japão, ganhou muito destaque em contextos sexuais, visto que é uma forma de obter e dar prazer através da imobilização com cordas e nós.

Para pessoas que gostam de um sexo mais leve, sem muitos apetrechos, fetiches e outras coisas, a técnica pode parecer um pouco agressiva. Mas basta lembrar que, assim como em outros casos, no BDSM com amarração também há limites, o intuito é gerar prazer, não torturar duramente.

Se você ficou curiose sobre esse assunto e está procurando formas de apimentar o sexo, o shibari é uma opção bem quente. Entretanto, há outros pormenores que devem ser considerados.

É por isso que a Dona Coelha preparou esse post super especial para apresentar a técnica e as outras questões que a envolvem e deixar você por dentro desse assunto bem caliente. Está preparade? Então, vamos logo!

Breve introdução sobre BDSM: entenda porque o shibari está aqui!

Se você gosta de estar sempre informade sobre outros lados do sexo, seja a nível de curiosidade ou para apimentar suas relações, já deve ter ouvido falar sobre o significado de BDSM. Se nunca se deparou com o termo, sua tradução é: bondage, disciplina, dominação, submissão, sadismo e masoquismo.

A prática, assim como o sexo baunilha, tem o objetivo de proporcionar prazer, a diferença é que usa de alguns apetrechos que deixam o clima fervendo! O BDSM tem muitas faces, o que o torna bem prazeroso de forma mais dura e intensa que as relações comuns.

Para alguns, essas faces podem parecer difíceis de serem desvendadas. Há toda uma questão de dominar e ser dominado, varia muito de pessoa para pessoa, pois é algo bem pessoal.

Agora, para quem considera que a satisfação pode ser conseguida de outras formas não tão tradicionais e adora experimentar novas sensações que enlouquecem os sentidos, o BDSM apresenta o shibari.

O que é shibari? A Dona Coelha vai te contar tudo!

O shibari é uma técnica que consiste em dar prazer e recebê-lo através de uma amarração feita com cordas, suspendidas ou não, que restringe os movimentos e intensificam as sensações. Tudo isso acontece por uma mescla de fatores psicológicos e físicos.

Por ter um caráter bem pessoal, é bom deixar claro que nem todas as pessoas estão preparadas para fazer isso. E, muito mais do que isso, a amarração precisa ser feita por pessoas que entendem, estudam e praticam há um bom tempo.

Há técnicas específicas de amarrações, algumas pessoas preferem fazer apenas uma delas ou combiná-las. Elas são:

  • Ushiro: as mãos são amarradas atrás das costas;
  • Gote Gasshou: mãos amarradas para trás e posicionadas em oração;
  • Hishi: consiste em criar formas de diamantes na amarração;
  • Matanawa: amarração com a corda nas áreas genitais.
  • Takate-kote: amarrar o tronco;
  • Tsuri: suspensão.

Informativo sobre as técnicas de amarração do shibari

Cada ponto tem uma maneira super única de estimular. Assim, novas zonas erógenas são apresentadas, o que aumenta ainda mais o repertório de conhecimento de seu próprio corpo ou do outro.

Mas preste atenção em uma coisinha: nada de pegar uma corda e sair se amarrando ou a pessoa que se relaciona sem ter ciência de como se faz, viu? É melhor evitar machucados e lesões que podem ocorrer por falta de técnica, assim como a insatisfação de não curtir o momento.

Por isso, é essencial saber tudo o que envolve o ato. Vamos contar um pouco mais sobre isso!

Cuidados mentais e físicos para fazer o shibari

Como um ato que exige muito da mente e do corpo, é preciso conhecer os limites. Até onde você aguenta ir? Sua cabeça está limpa e ciente do que envolve a prática? Seu físico está apto a passar pela restrição que essa amarração faz?

Pessoas que têm traumas relacionados a relações sexuais nem sempre conseguem passar por essa técnica de amarração, visto que ela pode pegar em algum ponto dos pensamentos e sentimentos, causando terror e outro bloqueio.

Caso haja desejo para conhecer essas novas sensações, é importante manter um acompanhamento psicológico e deixar o parceire ciente. Acima de tudo: confiança é a chave!

Também é bom ter ciência do que acontece quando o corpo é cerceado. Por exemplo, a liberdade de movimento é bem pouca, com isso os mecanismos de defesa e autopreservação são ativados. Após a ativação, os neurotransmissores de prazer são liberados, causando reações físicas como coração acelerado, sensibilidade a toques, entre outras coisas.

Sabe aquele momento apimentado em que vocês usam algemas, gravatas e outros objetos para amarrar e tudo fica intensificado? Nesta técnica, acontece a mesma coisa, mas de forma muito mais potente.

Agora, quando falamos em aspectos físicos, é essencial ser amarrado ou amarrar alguém apenas quando houver conhecimento sobre a técnica, pois pode acontecer acidentes sexuais. Alguns mais leves e outros mais graves. É melhor evitar o ato se você e a pessoa não sabem fazer, não é mesmo?

Importância de saber o que está fazendo: tudo do jeitinho certo!

O shibari não é realizado de qualquer forma, ou seja, não é só pegar uma corda e sair amarrando qualquer parte do corpo. É necessário conhecer quais são os pontos certos. Esses, geralmente, são os mesmos realizados em acupuntura.

Os pontos estimulam o prazer e a sensação de tranquilidade e leveza, ideal para diminuir um pouco a potência do bombardeamento de sensações. Além dessa forma, pode ser usado como uma expressão artística, evidenciando os contornos do corpo.

Há as regiões que são proibidas para prevenir acidentes como asfixia, lesões em nervos e tendões, assim como comprometimento do músculo de forma não saudável. As áreas proibidas são:

  • Pescoço;
  • Áreas muito macias;
  • Articulações.

Informativo sobre o cuidado com os pontos certos e errados para o shibari

Além disso, é importante ficar de olho na pessoa ou em seu próprio corpo. Caso haja sinais de enjoos, estrangulamento e hiperventilação, é necessário suspender as amarras. Por isso, é indicado sempre deixar uma tesoura sem ponta por perto.

Há cordas que são específicas, normalmente as de fibras naturais para que não haja machucados como inflamações e arranhões. Algumas marquinhas irão ficar, mas é bom não ter nada muito pronunciado, não acha?

Por ter a característica de ser uma técnica demorada, o shibari ajuda no trabalho do controle sobre o corpo. É preciso trabalhar a paciência e tentar dominar as sensações para que a relação não acabe antes da hora e estrague o clima.

Mas então, o que você achou? É uma técnica bem interessante para descobrir novos caminhos, não é? Uma verdadeira explosão de sensações. Se você já sabe mais sobre o BDSM, experimentar o shibari pode não ser tão chocante assim.

Conte para a gente nos comentários se já praticou ou tem curiosidade. Vamos adorar saber de suas experiências e desejos. E não deixe de nos acompanhar toda semana, ok? Até a próxima!

2 comentários sobre “Shibari: conheça a técnica de amarração japonesa muito usada no BDSM

    • Dona Coelha disse:

      A utilização do pronome neutro tem uma finalidade aqui, obrigada por notar!
      De todo o texto foi esta a parte que te chamou mais atenção?

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