O que é dominatrix e como ser uma? Saiba tudo!

Mulher dominatrix com roupa preta e chicote

Do inglês, “dominadora”: a tradução não poderia especificar melhor o que é dominatrix, essa peça tão importante para as práticas de BDSM. Com a popularização das práticas de dominância sexual, o termo tem ganhado muito destaque nas redes, por isso, eu não poderia deixar de trazê-lo aqui

Se você quer entender mais sobre esse assunto ou aprender como ser uma dominatrix, continue a leitura que eu vou explicar tudinho sobre!

O que é dominatrix?

Dominatrix, domme ou domina, esses são os termos usados para definir mulheres dominantes no sexo BDSM. As dominatrixes são do gênero feminino, independentemente se são mulheres cis ou não, e podem dominar pessoas de qualquer gênero. No geral, seu papel não está necessariamente relacionado à dor, mas tem a ver com a dominação, o poder sobre a pessoa submissa.

Assim, quem é dominatrix sente prazer em dominar e comandar a parceria. É uma pessoa que gosta de ensinar, guiar, proteger e dominar a outra, estar no poder sobre ela – claro, sempre com consentimento e respeitando os limites da relação, que são previamente conversados.

Como é ela que está no controle, a dominadora tem o poder de realizar os desejos seus e da pessoa dominada, o que torna o papel ainda mais instigante. É uma posição em que você sente esse poder de excitar o outro, o que já é bastante excitante por si só.

O que uma dominatrix faz?

O que e dominatrix1 o que é dominatrix e como ser uma? Saiba tudo!

A dominadora é quem coloca em prática os desejos sádicos dos submissos, por isso, está completamente relacionada à prática BDSM. A pessoa dominada sente prazer em obedecer e a dominadora, em controlar.

Dessa forma, a dominadora pode dar ordens, limitar comportamentos, usar acessórios de BDSM e até bater na pessoa submissa, se isso for pré-acordado. Mas tenha atenção, aqui tudo é feito consensualmente e as pessoas envolvidas sentem prazer com as práticas.

Nem sempre a dor está envolvida, já que o foco mesmo é a dominação, ela pode acontecer de diferentes formas e isso deve ser definido antes de vocês começarem a exercitar o sadomasoquismo. Como a dominatrix pode ter uma relação íntima ou profissional com a pessoa dominada, essa é uma conversa fácil de acontecer.

Nesse momento, também é definida uma palavra de segurança para quando as coisas chegarem ao limite. Essa palavra tem que ser totalmente aleatória, sem nenhuma conotação sexual pra ninguém se confundir. Cabe à dominadora respeitar o desejo da parceria e garantir que ela se sinta segura e bem novamente antes de retomar as práticas.

6 dicas de como ser dominatrix

Se você está aqui para aprender a ser dominadora, seja na sua relação íntima ou como profissional, tenha em mente que isso se trata de um papel. Assim, exige preparação e conhecimento pra que as experiências sejam cada vez mais prazerosas pra você e sua parceria. Então, vamos às dicas:

1. Assuma uma postura de poder

Pra começar, tenha em mente que ser dominadora é sinônimo de estar no poder, no controle. Por isso, você não pode estar insegura na hora da prática. Porém, isso é super comum quando você está começando uma coisa nova, então, o importante é exercitar seu lado dominador antes da hora H.

Primeiramente, tenha momentos de cuidado com você, em que você se olhe e se goste, conheça seus desejos e limites, cuide da sua autoestima. Tudo isso é importante pra que você estimule a sua confiança. Depois, assuma uma postura de poder (literalmente).

Imagine uma mulher poderosa, uma super-heroína ou uma CEO renomada. Algumas coisas vem à mente e você pode explorá-las: postura bem ereta com os ombros para trás, expressão facial marcante, geralmente estão fisicamente acima das pessoas que a admiram e que são submissas a elas.

2. Entre no papel de dominadora

Quando você assume uma postura de poder, fica muito mais fácil mergulhar no papel de dominatrix. Assim, tenha muito claro o tipo de dominatrix que você quer ser: mais sensual, mais com cara de chefe, com uma pegada mais materna… A escolha deve ser sua pra que você se sinta à vontade e familiarizada com o que vai fazer – mas não se preocupe, isso não limita as práticas a serem feitas com a parceria, só ajuda a definir a sua personalidade enquanto dominatrix.

Por exemplo, uma dominadora mais sensual vai explorar um tom de voz mais baixo, com leve rouquidão, palavras sensuais e uma fala mais lenta, o que acompanha os movimentos instigantes. Já quem prefere uma postura bossy, de chefe, é mais objetiva, direta, usa muito das ordens pra dominar (lembre-se que aqui estamos falando de estereótipos resumidamente, você pode criar conforme fizer sentido pra você).

Depois de entender o que você gosta, é hora de assumir esse papel, você pode estudar essa personalidade e anotar o que você gosta dela. Use filmes, personagens ou pessoas de referência que você acha que têm a ver com ela, ficará muito mais fácil entender os comportamentos com base em exemplos.

Algumas coisas que você pode conferir pra ter ideias e aprender são: Amizade Dolorida (2019, 2 temporadas), Dogs Don’t Wear Pants (2019, 1h45min) e Amor com Fetiche (2022, 1h58min), que está na minha lista de filmes eróticos da Netflix.

3. Estude as práticas

Não é só o seu papel que precisa estar claro pra você, mas as práticas que estará disposta a fazer também. Por exemplo, se você vai pra uma pegada de dor, precisa conhecer métodos que sejam estimulantes e como aplicá-los em níveis variados pra respeitar os limites dos seus submissos.

Além disso, algumas práticas usam de acessórios próprios, como os chicotes de BDSM. Se a ideia é praticar com sua parceria, uma possibilidade é vocês experimentarem juntos as práticas e técnicas com os acessórios. Mas você também pode se preparar e fazer uma surpresa: imagine aprender a dar uma boa chicotada? Saber regular a força, fazer o movimento de forma prática e sensual, entre outras coisas… Vocês poderão se surpreender.

Busque vídeos e dicas nas redes sociais ou no YouTube para aprender diferentes técnicas e treine em casa o que você conseguir. Conhecimento é indispensável para ter poder – isso serve pra vida, viu?!

4. Saiba ouvir os desejos da sua parceria

Lembra que eu falei que ser dominatrix é realizar desejos dos submissos? Então, como você vai fazer isso sem conversar e ouvir o que eles querem? Não dá! Uma conversa sincera e sem julgamentos entre dominadora e submissa é indispensável pra vocês descobrirem os melhores caminhos para suas práticas.

Nessas conversas, é possível identificar os fetiches, pensar em rotinas de BDSM, em como adaptar seu papel pra cada submisso, identificar fantasias e práticas que sejam interessantes.

Além disso, esse é o momento ideal para falarem sobre os limites, tanto seus quanto da pessoa dominada. Apesar de ser um papel de dominação em uma relação sadomasoquista, vocês podem não estar dispostos a fazer diferentes coisas. Alinhar isso antes de ir pra prática é a melhor forma de prevenir frustrações e não colocar a parceria em situações delicadas ou até abusivas.

Lembre-se de definirem uma safe word, ou palavra de segurança, que poderá ser usada quando os limites forem ultrapassados e que deve ser respeitada integralmente: ela surgiu, as práticas param imediatamente!

5. Use roupas marcantes da dominatrix

 

Pare uns segundos e pense na prática de BDSM, numa dominatrix. Quais elementos visuais vem à sua mente? É muito comum pensar em coisas pretas ou vermelhas, em couro, látex, metais. Tudo isso tem muito a ver com a prática porque está nos elementos dela, nos acessórios, nas algemas, nos chicotes e assim por diante.

Você pode montar o seu look de dominatrix seguindo essa proposta bem ligada ao fetiche, escolher uma calça de couro ou látex mais ajustada, por exemplo, um corset pra combinar (não precisa ficar apertado, só ter o elemento pra compor o visual).

Outra ideia é usar um look mais executivo na proposta mais de chefe, então, camisas bem passadas, aquele terninho chique são boas pedidas. Ah, e não é regra, mas o salto alto também é bastante usado nos visuais de dominatrix.

Explore as opções e coloque a sua personalidade e o seu gosto pessoal no seu visual, você não precisa se limitar aos padrões. É muito legal pegar peças clássicas do papel e misturar com outras pra criar um estilo próprio que vai ficar marcado na memória das pessoas que você domina.

6. Não se esqueça dos acessórios de BDSM

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Sim, os acessórios são importantíssimos pra uma dominadora. Além de ajudarem a complementar o visual, eles ajudam muito em algumas práticas desse fetiche de dominação. Eles são mais buscados por quem segue uma proposta mais sexual, com práticas de sexo BDSM mesmo, mas você sempre pode adaptar pra sua realidade.

Os que mais indico para começar são: algemas, palmatória e venda pros olhos. Com esses três itens, vocês podem testar diferentes posições sexuais, desafios e comandos muito interessantes pra tirar os desejos da imaginação.

Se a sua intenção é ser dominatrix profissional ou manter a prática no seu relacionamento, vale a pena investir em acessórios BDSM de qualidade. Por exemplo, nada daquelas algemas de R$10,00 que você usa uma vez e elas quebram, invista em modelos firmes, geralmente mais pesados e até aveludados.

Mitos sobre dominatrix e submissos pra abandonar

Pra finalizar, quero te trazer 5 ideias comuns sobre essa prática que são mitos, apesar de muita gente achar que são reais. Vale a pena saber delas e entender por que elas não tem a ver com o BDSM pra não limitar suas práticas:

  1. Todas as sessões envolvem sexo: como expliquei lá em cima, a proposta da relação entre pessoa dominadora e pessoa dominada é o prazer pelo poder, pela submissão e isso pode acontecer de diferentes formas e em diferentes momentos do dia a dia, não só no sexo;
  2. Uma dominatrix não faz nada além disso: mais um equívoco grave. A dominadora é uma mulher comum com um dia a dia que muitas outras têm: ir ao mercado, estudar, trabalhar fora ou em casa e até a maternidade podem estar presente na rotina dessas mulheres junto com o papel de dominatrix, que é só mais um que elas assumem;
  3. As dominadoras são pessoas agressivas: isso é mito! Elas podem, sim, usar da agressividade durante as práticas de BDSM, mas isso não quer dizer que elas sejam pessoas agressivas, faz tudo parte do papel. Elas podem ser pessoas muito doces, engraçadas e nada agressivas no dia a dia como qualquer outra. Da mesma forma, pessoas agressivas não têm mais facilidade ou interesse em serem dominatrixes;
  4. Quem manda em tudo é a dominadora: não é bem assim. Como expliquei ao longo deste artigo, todas as práticas são conversadas antes entre as duas partes pra que tudo que aconteça seja consensual. Assim, se a dominatrix quiser fazer algo que a pessoa submissa não queira, ela não pode fazer só porque está no papel de poder. É preciso ter responsabilidade e respeitar a relação pra que ela funcione;
  5. Os dominados já têm perfil submisso: sabia que muitas pessoas dominadoras no dia a dia gostam de ser submissas em momentos íntimos? É uma forma de prazer abrir mão do controle em alguns momentos, por isso, não fique pensando que as pessoas que gostam de ser dominadas são submissas em outros momentos do dia a dia, não existe regra.

Gostou das dicas? Se tiver alguma dúvida ou quiser complementar o conteúdo, é só deixar um comentário pra mim e pro time Dona Coelha! Ah, e tem outro conteúdo que você pode gostar, então, vale a pena dar uma passadinha por lá: Shibari: conheça a técnica de amarração japonesa muito usada no BDSM.

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