12 Filmes LGBT que todo mundo precisa assistir!

Família sentada no sofá assistindo a filme lgbt

Você costuma assistir a filmes LGBT? A gente tem o hábito de assistir a filmes e séries, mas, muitas vezes, acabamos deixando de lado os longas que abordam essa temática, seja porque as produções não são tão conhecidas e valorizadas ou por falta de interesse.

Mas assistir a esses filmes é essencial pra todas as pessoas conseguirem entender e respeitar mais a realidade além da heteronormatividade, seja pra compreender a si mesmo, a um familiar, um amigo ou o mundo ao seu redor. Por isso, hoje, eu selecionei 12 filmes com temas LGBT que precisam entrar na sua lista e ordenei pelo ano de lançamento, dos mais antigos aos mais recentes. Vem comigo ver quais são:

1. O segredo de Brokeback Mountain (2005)

O segredo de Bokeback Mountain é considerado um dos filmes LGBT clássicos. Lançado em 2005 nos Estados Unidos, ele conta a história de amor entre dois vaqueiros do Oeste Norte Americano entre as décadas de 1960 e 1980. Só essa breve contextualização já nos diz muito sobre o desenrolar do filme: os vaqueiros sempre foram conhecidos por serem muito másculos e carregaram o estereótipo de “super héteros”, sabe aquela ideia do “homem de verdade” que muita gente fala por aí? Então, a tal da masculinidade tóxica mesmo…

Além disso, a julgar pela época em que se passa o filme, podemos imaginar o quão assustador era ter uma relação homoafetiva, né? Tudo isso contribuiu pra contar a história desses dois jovens que se conhecem e nutrem seu romance durante o pastoreio na chamada montanha Brokeback. Ao longo do filme, a gente vai se imergindo na relação deles, que envolve conflitos emocionais, sexuais e de princípios por quase vinte anos.

Esse filme foi um grande destaque mundial no ano em que foi lançado, concorrendo e ganhando diversos prêmios. Ele conquistou o Globo de Ouro de melhor filme e direção, além do Leão de Ouro no Festival de Veneza. No Oscar de 2006, foi o filme com mais indicações, totalizando 8, das quais ele conquistou a de melhor direção, melhor roteiro adaptado e melhor trilha sonora. O fato de não ter ganhado como melhor filme gerou controvérsias. Depois que você assistir, pode vir me contar o que achou!

2. Orações para Bobby (2009)

Orações para Bobby é considerado um telefilme, isso significa que ele foi produzido pensando na reprodução nas televisões – o que não diminui o valor do longa. Além disso, é uma produção baseada no livro Prayers for Bobby: A Mother’s Coming to Terms with the Suicide of Her Gay Son, de Leroy F. Aarons, cujo enredo se baseia na vida real de Bobby Griffith. O jovem homossexual tirou a própria vida por conta de toda a pressão e homofobia que sentia vindas especialmente da mãe, devido à seu fanatismo religioso.

O enredo é bastante delicado e envolve muitos sentimentos, porque, além de mostrar o impacto desse fanatismo na vida e morte de Bobby, mostra como ele afetou a sua mãe e a relação dos dois. Essa é uma boa indicação pra quem tem filhos ou filhas passando pelo descobrimento da própria sexualidade e tem dificuldades em entender, especialmente por conta de fatores religiosos. Ele mostra como um comportamento fanático pode afetar a outra pessoa que, no geral, está em busca de amor, cuidado e aceitação dos pais ou outras pessoas queridas.

Se você estiver passando por uma situação como a de Bobby, sugiro que, caso decida assistir ao filme, faça isso na companhia de quem você goste. Mas mais importante do que isso, procure a ajuda de um psicoterapeuta pra saber a melhor forma de cuidar da sua saúde mental e passar por esse processo com mais tranquilidade e segurança. Você não está sozinhe <3.

3. Hoje eu quero voltar sozinho (2014)

O filme LGBT Hoje eu quero voltar sozinho é um longa brasileiro que ganhou muito destaque pela forma que aborda a homossexualidade do personagem principal. Leonardo é um adolescente em busca de sua independência, o que acaba ficando um pouco mais difícil devido à superproteção da sua mãe porque ele é cego – esse já é um ponto de destaque da trama, que, mesmo mostrando momentos de bullying que o personagem passa, não apresenta o fator da cegueira de forma capacitista.

No que tange à temática LGBTQIA+, assistimos a história de romance entre Leo e Gabriel, o aluno novo da escola, e como eles vão conhecendo e explorando mais a própria sexualidade. A proposta do filme é mostrar essas descobertas e relacionamentos do personagem principal de forma leve e natural, como acontece com qualquer outro adolescente. É um filme gostoso de assistir e pode ser uma boa pedida pra ver com a família toda.

4. A garota dinamarquesa (2015)

A garota dinamarquesa é uma cinebiografia da vida de Lili Elbe, uma das primeiras pessoas transgênero a passar pela cirurgia de redesignação sexual, isto é, a mudança da genitália, em 1931. O longa mostra o processo que Lili passa se percebendo como mulher e reconhecendo sua verdadeira identidade de gênero. Isso tudo começa quando, antes da transição, ainda enquanto pintor Einar Mogens Wegener (identidade masculina que lhe foi atribuída no nascimento), ela posa como modelo pra sua esposa Gerda poder pintar, usando vestido e outros apetrechos tipicamente femininos.

Ao longo da trama, vamos vendo o processo de autoconhecimento de Lili e como a relação entre ela e Gerda vai mudando. Também nos deparamos com situações preconceituosas pelas quais ela passa, inclusive em consultórios médicos – é uma clara representação do contexto da época, quando ainda praticamente não se falava nem no termo “transexualidade“. Ao final, vemos, então, como foi o processo de redesignação de sexo de Lili.

O filme recebeu diferentes críticas sobre a sua construção, escolha de um homem cisgênero no papel de uma mulher trans, por deixar de lado a orientação sexual de Gerda, ex-esposa de Lili, entre outras coisas. Ainda assim, ganhou muito destaque e indicação a diversos prêmios pela forma íntima em que trata a autopercepção de Lili e seus sentimentos ao longo dessa jornada de descobrimento sobre si mesma. É um filme que precisa estar na sua lista!

5. Carol (2015)

Esse é um filme que conta sobre um romance lésbico na Nova Iorque dos anos 50. Além de toda a ambientalização de época que cria cenas lindas e intimistas, o filme mostra todas as complicações que um relacionamento homoafetivo entre duas mulheres poderia passar no contexto em questão, ainda mais devido ao fato de Carol ser casada e ter uma filha pequena.

Em meio ao encontro de um amor e à superação pra ficarem juntas, Carol, a personagem principal, precisa lidar com impasses jurídicos e culturais que a prendem a um relacionamento heteronormativo, colocando em risco sua credibilidade enquanto mulher e sua proximidade com a própria filha. É um filme emocionante que merece sua atenção do começo ao fim.

6. Sob a luz do luar (2016)

Talvez você lembre desse filme pelo seu nome original, Moonlight. Lançado em 2016, o longa, altamente aclamado pela crítica, mostra a história de Chiron, um adolescente negro de Miami, nos Estados Unidos, que precisa lidar com situações de abuso, violência e descoberta da sua identidade e sexualidade. O filme conta com o elenco completo de pessoas negras e explora muito a homossexualidade, assim, foi pioneiro nesses quesitos a ganhar o Oscar de Melhor Filme. Ele também ganhou a premiação de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator Coadjuvante.

Na trama, ainda, vemos questões como homofobia, relacionamento familiar e autoaceitação serem tratados ao longo de três momentos da vida de Chifron, a infância, a adolescência e a fase adulta. É uma verdadeira imersão no universo do personagem.

7. Me chame pelo seu nome (2017)

Baseado no livro de mesmo nome, escrito por Andrá Aciman, Me chame pelo seu nome conta a história de um amor de verão entre dois rapazes, o adolescente Elio e o acadêmico Oliver, na Itália de 1983. O legal é que o filme é muito focado no desenvolvimento de Elio, que passa por aquela fase em que estamos deixando de ser adolescentes pra nos tornarmos adultos e abrange tudo que ela envolve: desejo, curiosidade, autoconhecimento e por aí vai.

A fotografia do longa é outro ponto de destaque, que garante takes muito bonitos e que exploram a incidência dos raios solares de forma suave e bastante instigante.

8. A morte e a vida de Marsha P. Johnson (2017)

Este longa se encaixa melhor entre os documentários, mas, ainda assim, é um conteúdo LGBTQIA+ essencial pra sua lista. Ele conta a história de Marsha P. Johnson e a investigação particular de sua amiga, Victoria Cruz, sobre sua morte. Marsha foi uma mulher trans de grande peso pro movimento LGBT+ da Nova Iorque dos anos 60 e 70, que participou à frente da Stonewall, um embate entre comunidade LGBT e policiais dentro do Stonewall Inn, um dos poucos bares nova-iorquinos que recebia a comunidade. O enfrentamento deu início a uma série de protestos que foram essenciais pra melhorar os direitos da comunidade na década de 70.

Em 1992, Marsha foi encontrada morta no rio Hudson e, na época, a polícia determinou que ela havia tirado a própria vida. No entanto, amigos, amigas e todas as pessoas próximas à ativista não acreditaram nessa versão e, daí, Victoria seguiu com uma investigação particular sobre, por acreditar ser um cado de homicídio por homofobia, processo que é mostrado no documentário.

9. Laerte-se (2017)

Outro documentário, Laerte-se é uma produção brasileira que conta a história da cartunista Laerte Coutinho que descobriu-se uma mulher trans aos 58 anos. É uma narrativa muito interessante pra visualizarmos as construções de gênero e da identidade dessa mulher, além de vermos os desafios e problemas que ela enfrentou nesse processo, quando já era uma cartunista muito renomada no cenário nacional.

Essa é uma produção da Netflix, dirigida por Lygia Barbosa e Eliane Brum, que foi muito bem recebida pela crítica e pode te encantar ao passo em que lida com questões da transexualidade de forma leve, as quais, no geral, podem ser complexas pra quem ainda não entendeu bem esse assunto.

10. A festa de formatura (2020)

Numa pegada que vai mais pra comédia, este filme brinca com o musical pra falar sobre inclusão social na adolescência, aceitação da família e outros temas tão tangentes à comunidade LGBTQIA+ e que podem ser ainda mais delicados nessa etapa de transição. Com um elenco “de milhões”, como Maryl Streep, James Corden e NIcole Kidman, vemos um grupo de artistas da Broadway “falidos” tentar ajudar uma adolescente, Emma, a ir ao baile de formatura – ela foi proibida pela escola porque queria ir com uma namorada.

É uma ótima pedida pra assistir com toda a família e, especialmente, pra pais que ainda não sabem como acolher os filhos nesse processo de descoberta, que pode ser novo pros adultos também.

11. Você nem imagina (2020)

Outro filme mais recente que aborda a orientação sexual da personagem principal, Você nem imagina é daqueles filmes que a gente assiste pra dar uma descontraída e relaxar. É um longa gostoso de assistir se você tiver adolescentes em casa, porque ele trata justamente de alguns acontecimentos típicos dessa fase da vida, como a primeira paixão, a descoberta ou aproximação com a própria sexualidade e fala muito de amizade.

Outro fator legal é que ele mostra o sentimento da personagem principal, que gosta de uma colega de escola, de forma natural como tem que ser e o que pesa mais com a descoberta não é tanto o fato de ela gostar de outra garota – mas eu não vou dar mais spoiler!

12. Lightyear (2022)

Praticamente todo mundo conhece o Buzz Lightyear, personagem que surgiu na série Toy Story. O filme em questão apresenta a história do personagem que dá origem ao boneco, como se tivesse sido feito antes mesmo de Toy Story. Apesar de não ser um filme LGBTQIA+ de fato, isto é, que se propõe a tratar dessa temática, ele foi mal visto em vários países porque a capitã que faz dupla com Buzz é uma mulher lésbica que se casa e monta sua família ao longo do filme.

As cenas que mostram esse fator da personagem são mínimas e super sutis, por isso, me parece um ótimo título pra entrar na lista, ainda mais pra quem quer tratar da diversidade com crianças pequenas. Mostrar uma animação super divertida e com pessoas homossexuais na narrativa de forma casual, assim como as pessoas heterossexuais, é uma excelente forma de apresentar como isso é natural e comum e de responder dúvidas das crianças, caso surjam.

E aí, tem algum filme que ficou de fora dessa lista? Então, me conta aqui nos comentários, vou adorar conhecer!

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