Virgindade: o que não te contaram sobre iniciação sexual

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Nem todo mundo se sente confortável falando sobre virgindade, talvez, porque o assunto é pouco discutido e pode trazer um leve desconforto ao que tange a falta de experiência sexual.

O grande ponto é que, como tudo na vida, a experiência só pode vir com muita prática e, por sua vez, nenhuma prática é possível sem um ponta pé inicial. Logo, precisamos desbanalizar o assunto e conversar sobre a virgindade, tirando-a daquele grande tabu social.

Ousamos dizer que o primeiro grande ponto que precisamos compreender é que a virgindade está muito além da primeira penetração. A começar pelo fato de que nenhuma relação sexual se restringe unicamente e exclusivamente à penetração, minha gente.

Já pontuamos várias vezes aqui na Dona Coelha que o corpo humano é orgástico por natureza, ou seja, há vários pontos que podem ser explorados de forma a trazer o prazer e a satisfação sexual e que vão muito além do ato de penetrar.

Aliás, é pouco prudente equivaler a perda da virgindade com a primeira penetração, considerando que existem diversas sexualidades e arranjos de relacionamentos, nos quais a penetração é um mero detalhe. Para os gouines, por exemplo, a penetração é totalmente descartada na hora da prática sexual.

Então, como combinado não sai caro, vamos fazer o seguinte: trataremos a perda da virgindade como a iniciação sexual de um indivíduo, independentemente do tipo de prática sexual. Todos de acordo?! Então bora!

Não existe uma idade certa

Considerando que ambos são adultos, é muito delicado falar em uma idade certa para se perder a virgindade. Isso nos leva a refletir um pouco sobre o termo em questão com um olhar um pouco mais criticista. Quando falamos da perda da virgindade, o que vem a memória coletiva é a perda da virgindade da mulher cis, enquanto os homens cis são colocados como os incubidos do ato em si.

Essa perspectiva cultural machista acaba tornando o corpo da mulher como um objeto passível de controle. Afinal, temos ainda que rememorar que para o ideário social a perda da virgindade está ligada à penetração e quem a perde é na maioria das vezes a penetrada.

Quando falamos de iniciação sexual estamos outorgando a responsabilidade e “perda da virgindade” para cada indivíduo, que tem por direito o controle de sua própria corporeidade. Nesse sentido, o que seria perder a virgindade?

Percebeu como acabamos por criar outros significados? Aqui a iniciação sexual poderia ser vista como a prática da masturbação, o reconhecimento das genitais e do próprio corpo em inteireza como um solo fértil para o orgamos, a exploração consentida de zonas erógenas, a educação sexual através de leituras e práticas e até mesmo o pensamento de si mesmo como um ser que sente e fornece prazer.

Nesse sentido, é muito difícil dizer qual é a idade ideal para se iniciar na vida sexual. Porque no final, depende somente do indivíduo e da forma que o mesmo se relaciona com o seu próprio corpo.

“Dar a virgindade” não é um ato de amor!

Que príncipe e princesa encantados não existem, já estamos cansades de saber. Mas, é importante sempre lembrar disso. Obviamente, é crucial que a sua primeira vez seja com alguém que te transpasse confiança e que você se sinta respeitade, mas a pessoa perfeita não existe, talvez esta seja a primeira idealização que tem que vir por terra.

Em contrapartida, manter uma relação sexual sem que haja vontade tá fora de cogitação, viu?! Nunca, jamais, never pense nisso. “Mas, a gente namora faz tempo e ele já está me cobrando”, onde há cobrança sexual, não há respeito.

Entenda que o sexo, independentemente da fase do relacionamento, não deve vir de uma cobrança, mas sim de uma vontade recíproca. Não é prova de amor praticar uma relação sexual sem que você sinta que está preparada ou preparado para isso, prova de amor é saber ouvir e respeitar os limites do próximo, mesmo que isso custe a satisfação de suas vontades.

Banner com mulher fazendo expressão de incomodo e ao lado escritas falando que virgindade não é presente

Tudo isso para dizer: só se permita a primeira vez, se você estiver se sentindo à vontade para isso, do contrário, tem outras coisas que também podem nos levar ao prazer a dois, já pensou em ver um filmes juntes? Fazer um strogonoff? Que tal um piquenique?

É possível engravidar na primeira relação sexual

Decidiu se permitir ao ato sexual? Então nunca esqueça de usar preservativos, assim você assegura a sua proteção e saúde íntima e a da pessoa envolvida, afinal, é para ser prazeroso e não te deixar com a paranóia de possível contração de uma IST ou gravidez indesejável.

Aliás, considerando que uma das partes possui um útero e está em período fértil, é possível sim engravidar na primeira relação sexual, logo, se não é o que você planeja, o uso de anticoncepcionais e camisinhas é essencial.

Rompe expectativas, mas não rompe o hímen

E aí você foi fazer aquela pesquisa básica na internet e já está ciente de que o seu hímen vai romper durante o ato e o sangue vai jorrar, o que te deixou com certo medo de morrer com uma hemorragia e com muito receio da dor. De fato, ninguém merece morrer durante a primeira vez!

Temos um segredinho para te contar: o hímen não é rompido! Desculpa acabar com todas as suas ilusões, mas é a verdade, galera. Em geral, o hímen é um tecido extremamente flexível, logo, em um sexo com penetração o que temos é a contração do tecido para o recebimento do pênis e possível ferimento da região, o que justifica a dorzinha e o sangramento.

Aliás, o sangramento durante a iniciação sexual é um indicador de falta de lubrificação o que pode levar a microlesões no tecido e quanto maior a tensão, maior a dor. No entanto, o hímen tem a capacidade de se regenerar, passando despercebido o ferimento dias depois da relação sexual. Isso significa que não há diferenças contundentes e significativas entre o hímen de uma pessoa que praticou penetração e um hímen virgem.

Banner ilustrativo mostrando diversos tipos de hímen a partir de desenhos

Aliás, ele varia de pessoa para pessoa, na real, para vocês terem uma noção existem vários tipos de hímen, inclusive a ausência do mesmo. Então, já sabem, na sua primeira vez, certifique-se de fazer uma boa lubrificação da área e lembre-se que a perda da virgindade rompe expectativas, mas não rompe o hímen.

Talvez, só talvez, não será tão prazeroso, como te disseram

Agora você pode estar pensando, mas como assim a iniciação sexual rompe expectativas? Minha gente, há no ideário social uma romantização tão forte em cima da perda da virgindade que acaba levando muitas pessoas a se sentirem inseguras e com medo do ato, sabe aquele medo de não corresponder ao prazer esperado?

Aliás, é bem possível que muitos pensem que a iniciação sexual será perfeita, um verdadeiro mar de rosas, sobretudo, quando feita com quem amamos. É óbvio que o sexo com alguém que se ama e se confia é essencial e possivelmente mais prazeroso, no entanto, sentimos em te informar que se nada sair conforme você imaginava, faz parte do script.

Entre mãos bobas de um lado, a inexperiência de outro, o medo de fazer algo errado, vai doer ou não vai? E se sangrar? – A primeira vez tem tudo para ser uma catástrofe. E está tudo bem! Precisamos ter em mente que estamos falando da iniciação sexual, logo, ninguém tem obrigação de ser uma Cátia Damasceno da vida. E, possivelmente, ninguém saberá bulhufas.

Afinal, mesmo que você transe com alguém experiente, ainda assim essa pessoa não conhece os pontos do seu corpo capazes de te dar prazer, logo, a experiência também será nova para a outra parte.

Então, fiquem tranquiles, e não se cobrem tanto neste momento. Por mais que a situação seja de tensão e muitas dúvidas, permita-se sempre sentir. Busque sentir cada toque e cada resposta corporal. Permita-se explorar e ser explorade. Observe cada movimento do seu corpo, seja de repulsa, dor, alegria, prazer, orgasmo e felicidade e os expresse ao parceire.

Aliás, permita-se perceber o outro também. Como a outra parte está respondendo aos seus estímulos? O que o corpo desta pessoa está comunicando sobre o prazer? Há sinais de satisfação sexual? O que a pessoa parece não gostar tanto assim?

É preciso entender que o sexo não é uma corrida para ver quem chega primeiro, o sexo é uma entrega mútua. O prazer que o outro sente também impacta diretamente em seu prazer, afinal, se fosse somente para a satisfação sexual de uma parte, o melhor mesmo seria se masturbar, não acha?!

Dito isso, permita-se encarar a relação sexual como algo leve e divertido que pode te esclarecer muito sobre você e sobre o outro.

O diálogo pós-transa não é brochante, brochante é fingir que tá tudo bem

Passado o ato sexual, tirar um tempo para pensar no que foi é essencial. Como dissemos, a primeira vez é sempre uma grande oportunidade de se perceber e perceber o outro, então, é muito válido fazer uma reflexão sobre o que você acha que funcionou e o que não funcionou tanto assim.

Aliás, cabe ainda, caso você ache pertinente, conversar com o parceire sobre como ela/ele se sentiu durante a relação sexual, sobre quais foram as suas impressões, o que foi prazeroso, o que foi desconfortável e afins.

Isso porque o diálogo pode ser uma forma efetiva de consolidar o aprendizado e dividir com alguém as experiências vividas durante a prática sexual compartilhada. E aqui não precisa ter vergonha, viu? Permita-se expressar o que realmente sentir vontade, sem medo de julgamentos, o importante é não somatizar o que poderia ser dividido.

É isso aí, meus amores, esperamos que algumas coisas tenham ficado mais claras e que a perda da virgindade tenha deixado de ser um grande tabu para você. Não tenha medo, não tenha pressa, não tenha receio. Que seja leve e que te toque bem mais do que fisicamente ;) .

A propósito, confira o nosso vídeo sobre posições sexuais para perder a virgindade de um jeitinho mais confortável:

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